sexta-feira, 29 de março de 2013

Vida Fatal - Capítulo 40


Cena 1/ Igreja/ Interno/ Dia
GUILHERME: Pare com isso, Juliana.
JULIANA: Nunca.
(Guilherme agarra Juliana pelo braço)
GUILHERME: Chega.
(Guilherme coloca Juliana para fora da igreja)
GUILHERME: Nem pense mais em pisar aqui.
(Guilherme fecha as portas da igreja e vai até o altar.)
GUILHERME: Pode prosseguir; seu Padre.

Cena 2/ Igreja/ Externo/ Dia
(Juliana está sentada em um dos degraus da igreja, chorando. Sérgio e Larissa se aproximam dela)
SÉRGIO: Não fica assim, meu amor.
LARISSA: Não sofra pelos erros cometidos pelo seu pai.
SÉRGIO: É. Olha, eu tenho uma idéia. Que tal jantarmos hoje, mas só nós dois?
LARISSA: Por que está me excluindo da idéia?
SÉRGIO: Mãe.
LARISSA: Tudo bem, eu entendo. Amor adolescente.
JULIANA: Eu aceito o convite. Estou precisando esquecer esse pesadelo.
(Sérgio beija Juliana. A porta da igreja abre e os três saem correndo e se escondem atrás de arbustos. Eles vêem Guilherme e Fátima entrarem no carro de recém-casados e partirem. Larissa, de longe, vê Otávio e entra na igreja)

Cena 3/ Igreja / Interno/ Dia
(Larissa entra e vê Adriana e Otávio conversando com o padre)
PADRE: Pronto. Mais um casamento marcado. Eu só espero que não tenha esse rebuliço de hoje.
OTÁVIO: Fique tranqüilo. Isso não acontecerá.
ADRIANA: Obrigada, padre.
(Otávio e Adriana viram-se e vêem Larissa. Larissa olha para eles e depois sai cabisbaixa, com os olhos marejados)

Cena 4/ Igreja/ Externo/ Dia
(Paula e Renato, que estão na escadaria da igreja, vêem Larissa)
PAULA: Larissa, Larissa.
(Larissa se aproxima de Paula e Renato)
PAULA: Tudo bem, amiga? Eu não vi você na igreja.
LARISSA: Na verdade, fui eu que trouxe a Juliana para cá. Eu fiquei do lado de fora, consolando a menina.
RENATO: Que confusão, hein?
LARISSA: É verdade.
PAULA: Bom, eu quero que você seja a primeira, a saber, que eu e o Renato iremos nos casar em breve.
LARISSA: A Adriana e o Otávio também irão.
PAULA: Jura?
RENATO: O que importa é que eu e Paula queremos que você seja a madrinha do nosso casamento.
LARISSA: Claro que eu aceito, com o maior prazer.
(Otávio sai da igreja e Renato o chama)
RENATO: Otávio.
OTÁVIO (com Adriana): Sim?
PAULA: Eu e Renato iremos nos casar.
OTÁVIO: Eu e Adriana também.
PAULA: Larissa acabou de comentar conosco.
(Larissa e Otávio entreolham-se)
RENATO: Queremos que você seja nosso padrinho de casamento.
OTÁVIO: Que honra. Eu aceito o convite. E quem será a madrinha? A Adriana?
PAULA: Não. A madrinha será minha amiga Larissa.
OTÁVIO: Uma ótima escolha. Muito obrigado pelo convite, mas já tenho que ir. Tchau.
ADRIANA: Tchau.
PAULA e RENATO: Tchau.
LARISSA: Bom, vou indo também. Obrigada pelo convite, de coração. Fiquei muito feliz.
PAULA: Amiga, você ficou chateada com a escolha que fiz?
LARISSA: Claro que não. Como o próprio Otávio disse, foi uma ótima escolha.
(Larissa sai)

Cena 5/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Noite

Cena 6/ Boate/ Interno/ Noite
(Sérgio e Juliana dançam uma música animada – SUGESTÃO: The Rythm Of the Night – Corona)
JULIANA: Adorei jantar com você. Foi uma ótima idéia.
SÉRGIO: E depois vim dançar um pouco, foi outra melhor, não acha?
JULIANA: Acho.
SÉRGIO: E eu tenho outra melhor ainda.
JULIANA: E qual é?
SÉRGIO: Vem comigo.
(Juliana e Sérgio saem da boate)

Cena 7/ Rua/ Interno/ Noite
(Sérgio e Juliana param em uma rua. Ele tira da mochila dois sprays de grafite e entrega um para Juliana)
JULIANA: Eu não sei fazer isso.
SÉRGIO: Eu te ensino.
(Uma viatura da policia entra na rua e se aproxima do casal)
POLICIAL: Parados.
(Sérgio e Juliana entreolham-se)

Cena 8/ Mansão Albuquerque/ Cozinha/ Interno/ Noite
DELEGADO: Se eu não me engano, vocês trabalhavam aqui na época em que seu Ramiro era vivo.
CELINA: Sim. Nós trabalhamos.
DELEGADO: Como era a relação de vocês com ele?
CELINA: A minha era super amistosa. Eu era muito amiga e confidente dos meus patrões. Eu que abri os olhos do seu Ramiro contra a traição da Lucélia.
DELEGADO: E a sua relação com ele? Como era?
GONÇALA: O seu Ramiro me agredia, me maltratava. No dia da festa, ele havia me estapeado. A Celina viu tudo.

Cena 9/ Mansão Albuquerque/ Suíte/ Interno/ Noite
GUILHERME: Você não tem o que temer. Você é uma ex-presidiária, já pagou pelo seu crime.
FÁTIMA: Eu me fingi de advogada. Isso pode pesar contra mim.
GUILHERME: Fica tranqüila. Não vai acontecer nada contra você.  Aliás, o delegado não vai perder o tempo dele ouvindo a Juliana.
FÁTIMA: Mas vai perder, caso o Otávio resolva me denunciar ou você se esqueceu que ele estava no casamento e presenciou toda a confusão armada pela sua filhinha?
(O telefone de Guilherme toca)
GUILHERME: Detida? Mas em qual DP? Estou indo para aí.
FÁTIMA: O que aconteceu?
GUILHERME: A Juliana está detida em uma DP com um garoto. Ai meu Deus. Eu tenho certeza que ela arrumou confusão com policial só para estragar nossa noite de núpcias.
FÁTIMA: Que noite de núpcias, Guilherme? Isso aqui não é noite de núpcias nem aqui nem na China.
(Guilherme sai)

Cena 10/ Apartamento de Adriana/ Sala/ Interno/ Dia
ADRIANA: Um absurdo. Eu serei sua esposa daqui a alguns dias. Quem deveria ser a madrinha do casamento era eu e não a Larissa. Otávio, eu estou falando com você. Otávio.
OTÁVIO: Desculpa amor. Eu estava distraído.
ADRIANA: Pensando em que?
OTÁVIO: No que a Juliana disse no casamento. Se a Fátima era uma ex-presidiária e não era advogada, então aquele documento que eu assinei passando tudo para o nome do Guilherme é falso. E se o documento é falso...
ADRIANA: A empresa, a mansão e o dinheiro continuam sendo seu.
OTÁVIO: É isso.
ADRIANA: Está esperando o quê? Vai atrás do Guilherme e retoma o que é seu.
OTÁVIO: Ainda não.
ADRIANA: Como é?
OTÁVIO: Eu irei deixar o Guilherme ser presidente daquela mineradora mais um pouquinho. Ele já anda fazendo golpes há muito tempo. Eu vou reunir diversas provas contra ele, para quando eu retomar o patrimônio, eu deixá-lo em minhas mãos.

Cena 11/ DP/ Interno/ Noite
(Juliana e Sérgio estão sentados lado a lado.)
POLICIAL: E nada de se mexer. Vocês dois ficarão aí, lado a lado.
(Guilherme entra e vê Juliana. Sérgio vira o rosto para o lado contrário, para não ser reconhecido por Guilherme)
GUILHERME: Juliana, o que significa isso? O que foi que você fez?
POLICIAL: Com licença. Essa garota é sua filha?
GUILHERME: Sim.
POLICIAL: Ela foi pega pichando a parede do Ministério Público ao lado desse garoto que está sentado ao lado dela.
(Guilherme olha para Sérgio)
GUILHERME: Espera aí. Você não é o filho revoltado do Otávio?
SÉRGIO: Sim. Sou eu. O revoltado em pessoa.
GUILHERME: Juliana, o que você estava fazendo na companhia desse meliante?
JULIANA: Pai...
SÉRGIO: Eu e sua filha namoramos; seu Guilherme. Nós somos namorados.
(Congela em Guilherme)

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