segunda-feira, 25 de março de 2013

Vida Fatal - Capítulo 36


Cena 1/ Rua/ Noite
GUILHERME: Eu não vou deixar você se aproximar da minha filha nunca.
(Guilherme sai)
LUCIANA: É o que veremos.

Cena 2/ Apartamento de Guilherme/ Quarto de Juliana/ Interno/ Noite
JULIANA: Meu pai nunca me disse o nome da minha mãe. Nunca falou nada dela para mim. Se eu descobrisse o nome dela, tudo ficaria mais fácil para que eu a encontre. O pior é que na minha identidade não consta o nome dela. Mas tem que ter algum documento meu que tenha o nome da minha mãe, mas qual? Minha certidão de nascimento. Claro.
(Juliana vasculha seus móveis em busca da certidão, mas não encontra)
JULIANA: Droga. Se essa certidão não está aqui, ela só pode estar nas coisas do meu pai, no quarto dele.

Cena 3/ Apartamento de Guilherme/ Corredor/ Interno/ Noite
(Juliana tenta abrir a porta do quarto de Guilherme)
JULIANA: Droga. Está trancada.
FÁTIMA: Está querendo entrar no quarto do seu pai, é? Eu estou com as chaves.
JULIANA: Me dê agora.
FÁTIMA: Nada disso. O Guilherme me proibiu de te entregar as chaves.
JULIANA: Por quê?
FÁTIMA: Pergunte isso a ele, minha enteada amada.
JULIANA: Nunca mais me chame assim, criatura desprezível.
(Juliana sai. Fátima ri)

Cena 4/ Apartamento de Adriana/ Sala/ Interno/ Noite
LUCIANA: Eu fiquei surpresa quando você me ligou. Ontem, você se mudou para a mansão. Hoje, está de volta para cá.
ADRIANA: Isso porque o Otávio caiu em um golpe do Guilherme. 
LUCIANA: Falando no Guilherme, eu o encontrei aqui perto. A gente discutiu, falamos sobre o passado. Foi horrível.
ADRIANA: Não mais horrível do que está acontecendo comigo. O Otávio é realmente um burro. Que cara mais pateta.

Cena 5/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Dia e Noite

DIAS DEPOIS
Cena 6/ Mansão Albuquerque/ Suíte/ Interno/ Dia
(Guilherme acorda. Ao lado dele, está Fátima)
GUILHERME: Amanhã é nosso casamento.
FÁTIMA: Amanhã mesmo.

Cena 7/ Mansão Albuquerque/ Cozinha/ Interno/ Dia
CELINA: Já está preparando o cardápio do casamento?
GONÇALA: Sim.
CELINA: Eu fico pensando em uma coisa, no milagre que aconteceu comigo.
GONÇALA: Que milagre?
CELINA: O milagre do Guilherme não ter me demitido.
GONÇALA: É. Parece que a cisma dele se resume apenas ao Otávio.

Cena 8/ Mansão Albuquerque/ Quarto de Juliana/ Interno/ Dia
(Juliana está no corredor, com um dinheiro na mão. Ela guarda na bolsa e abre a porta do quarto. Ela vê Fátima, vestida de noiva)
JULIANA: O que é isso?
FÁTIMA: Estou fazendo minha última prova do meu vestido de noiva.
JULIANA: No meu quarto? Vá fazer isso no seu.
FÁTIMA: Não posso. Você não viu seu pai provando o terno? O noivo nunca pode ver a noiva vestida antes do casamento.
JULIANA: Vá se trocar no jardim, mas saia do meu quarto.
FÁTIMA: Calma, enteada querida, eu já estou terminando.
JULIANA: Já disse que não quero que me chame assim. Você não é nada minha. Eu te odeio, Fátima. Eu quero que você sofra muito nesse casamento.
FÁTIMA: Agora eu entendo por que a sua mãe te abandonou. Ela não agüentou em saber que teria que cuidar de uma criatura tão chata, irritante, idiota como você.
JULIANA: Não fala da minha mãe, sua vaca.
(Juliana avança sobre Fátima e rasga o seu vestido de noiva)
JULIANA: Agora, se você quiser se casar, vai ter que aparecer nua na igreja.
(Juliana sai)
FÁTIMA: Olha o que essa moleca fez com meu vestido.
MULHER: Ainda bem que eu trouxe outro, como reserva. Aceita prová-lo?

Cena 9/ Faculdade/ Sala de aula/ Interno/ Dia
(Jéssica está sentada. Roberta passa por ela)
ROBERTA: Sabe de uma coisa, capivara gótica? Eu preferia ver você vestida como caipira. Você era mais engraçada, hilária, exótica. Uma verdadeira piada.
(Roberta sai, rindo. Bruno se aproxima de Jéssica)
BRUNO: Chega.
JÉSSICA: Como é?
BRUNO: Eu não agüento namorar uma garota que se veste como um zumbi e que aceita ser humilhada, ser pisada.
JÉSSICA: Mas eu não aceito.
BRUNO: Então, prova. Revida, rebate os comentários presunçosos da Roberta. Enquanto você não fizer isso, não vai existir mais eu e você.
(Bruno sai)

Cena 10/ Faculdade/ Sala de aula/ Interno/ Dia
(Juliana entra. Sérgio se aproxima e beija a namorada)
SÉRGIO: Pensei que não viria.
JULIANA: Tive um contratempo. Amanhã é o casamento do meu pai e eu estou morrendo de raiva desse casamento.
SÉRGIO: tenta aceitar, Ju.
JULIANA: Não consigo. Eu não quero aceitar. Sérgio, eu estou atrás dos meus documentos. Eu quero descobrir quem é a minha mãe.
SÉRGIO: Quer ajuda?
JULIANA: Claro. Mas antes, eu preciso entrar no quarto do meu pai e encontrar minha certidão de nascimento.
SÉRGIO: E sua carteira de identidade?
JULIANA: Não tem o nome da minha mãe. Mas na minha certidão tem. Eu tenho certeza.

Cena 11/ Paisagens do Rio de Janeiro/ Noite

Cena 12/ Carro/ Interno/ Noite
(Alberto estaciona seu carro na frente do bordel onde Adriana trabalhava. Larissa sai do carro. Alberto sai e trava o carro)
ALBERTO: Chegamos. Você vai entrar?
LARISSA: Claro.

Cena 13/ Bordel/ Interno/ Noite
(Larissa e Alberto entram)
LARISSA: Que lugar mais... Excitante.
ALBERTO: Você achou?
LARISSA: Óbvio que não. Estava sendo irônica.
ALBERTO: E agora, o que vai fazer?
LARISSA: Vou falar com o dono desse bordel, o seu Cebola, como você me disse. Eu quero conhecer perfeitamente quem era a Norma.
(Congela em Larissa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário