terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Último Desejo - Capítulo 2


MARIA - Tá precisando de alguma coisa Dona Catarina?
CATARINA - Cortar!
MARIA - Cortar o que?
CATARINA - Sua garganta, por exemplo...

CENA 1. MANSÃO COUTO / QUARTO

MARIA - O que é isso dona Catarina? Ficou maluca?
CATARINA - Não, mas, você está muito abusada ultimamente.
MARIA - Como assim?
CATARINA - Você sabe que deve tudo a nós, Maria.
MARIA - Cala a boca. Não fale disso nunca mais!
CATARINA - Cale-se você. Pelo contrário, eu conto pra todos seu segredinho e, se eu quisesse de verdade arrancar sua garganta, era sua obrigação deixar.
MARIA - Saia daqui.

PAISAGENS DO RIO DE JANEIRO
Case-se BANDA DEJAVU ♪
O dia amanhece...

CENA 2. MANSÃO COUTO / DIA 
PAOLA - E a empregadinha abusada?
CATARINA - Foi no médico, fazer os tais exames dela.
PAOLA - Ela tá doente? 
CATARINA - E eu vou saber Paola? Tomara que morra aquela praga...
PAOLA - Como você é fria.
CATARINA - Fria? Eu tô fervendo queridinha.
José Fernando entra na sala, furioso.

CATARINA - O que aconteceu meu amor? O que faz aqui essa hora?
JOSÉ FERNANDO - Porque Maria Aparecida pediu demissão?

CENA 3. HOSPITAL / DIA
MÉDICO - A senhora tem uma doença muito grave.
MARIA - Eu vou morrer.
MÉDICO - As consequências variam de pessoa pra pessoa.
MARIA - Como assim? Algumas duram meses, outras sobrevivem até por 5 ou 10 anos
Maria chora e vai embora.

MARIA - Minha Amanda, quem vai ajuda-la quando eu morrer? Quem?

CENA 4. MANSÃO COUTO.
CATARINA - Ela pediu demissão?
JOSÉ FERNANDO - Sim, tentei convence-la a ficar ela não quis, daí eu acertei as contas com ela e ela foi embora.
CATARINA - Me deixou na mão.
JOSÉ FERNANDO - Você pediu desculpas a ela?
CATARINA - Claro.
JOSÉ FERNANDO - Como eu posso acreditar em você?
PAOLA - Ela pediu desculpas, eu estava junto.
CATARINA - Viu? Eu pedi desculpas. Se aquela ingrata foi embora, foi porque quis.

CENAS DO RIO DE JANEIRO
CENAS DO BRASIL
FUGIDINHA - MICHEL TELÓ ♪
5 ANOS DEPOIS...

CENA 5. CASA DE MARIA E AMANDA / DIA
Maria Aparecida está na cama sem forças.

AMANDA - Você está piorando mãe.
MARIA - Devem ser a falta dos remédios. Com aquele dinheiro que o senhor José Fernando nos deu alguns anos atrás, eu sobrevivi... Agora não temos mais, acho que morrerei.
AMANDA - Não mãe. Não diga isso. Conseguirei ajuda!
MARIA - Como? Moramos nessa casa pobre e nem temos o que vender!
AMANDA - Vou conseguir, vou sair pra procurar alguma coisa pra fazer e poder comprar seu remédio.
MARIA - Benção, filha.

CENA 6. MANSÃO COUTO

MARIANA - Você só me proíbe, me enche o saco, me atormenta.
CATARINA - Porque eu sou sua mãe.
MARIANA - Mas, eu já tenho 20 anos e não tenho que aturar uma babá.
CATARINA - Me respeita.
JOSÉ FERNANDO - Dá pra vocês pararem?
CATARINA - Essa menina não me obedece.
MARIANA - Tchau, paizinho, vou sair e volto de noite.
Mariana sai.

CATARINA - Pode uma coisa dessas, José.
JOSÉ FERNANDO - Tentou educa-la tarde demais.

CENA 7. MANSÃO COUTO / PORTÃO
Amanda observa Mariana sair da mansão.
Ela se aproxima do portão.

PEDRO: Pois não?
AMANDA: Lembra de mim?
PEDRO: Claro! Amanda.
AMANDA: Preciso falar com a Catarina.
Pedro abre o portão de Amanda entra.

CENA 8. MANSÃO COUTO / QUARTO
Catarina se maquia enfrente ao espelho.

NEUZA - Tem um senhorita querendo falar com a senhora lá em baixo.
Catarina se olha no espelho, ajeita o cabelo e sai do quarto.

CENA 9. MANSÃO COUTO / SALA
Catarina desce a escada e encara Amanda por alguns momentos.

CATARINA - Amanda?
AMANDA - Catarina de Albuquerque Buarque Couto!

No próximo capitulo: CATARINA HUMILHA AMANDA, QUE SE REVOLTA..

FIM DO CAPITULO

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