Anteriormente: Felipe e os amigos apostam na loteria.
Samuel amanhece morto e todas as provas apontam Felipe como assassino. Ele é
condenado a 25 anos de prisão. Conrado se casa com Cristina que estava grávida
de Felipe. Lisa recebe 500 mil em sua conta, mas não sabe quem depositou. Os
anos passam e Felipe SAE da cadeia. Conrado assassina Ricardo, ex-advogado de
Felipe. Felipe enfim reencontra os amigos do passado.
Cena 1 / Mansão de Conrado / Sala / Interior / Tarde
Felipe parado em frente aos amigos do passado. Conrado o
encara furioso. Cristina deixa a xícara de chá cair.
Felipe – Não estão felizes em me ver?
Conrado – Sai da minha casa!
Felipe – Por que Conrado? Não somos amigos? Por que esse
ódio todo de mim? Se alguém devia ter ódio aqui, sou eu, afinal fui eu, que fui
jogado dentro de uma cela e abandonado por todos que eu considerava!
Lisa – Você matou um de nós!
Felipe – Vocês sabem que eu não fiz isso! Sabem que eu
não teria coragem!
Wagner – Você matou o Samuel por dinheiro, isso ficou
provado na justiça!
Felipe – E você Cristina? Esqueceu-me bem rápido não é?
Conrado – Não dirija a palavra a minha esposa!
Felipe – Você conseguiu tudo que queria não é Conrado?
Formou-se, casou com a minha namorada, hoje é senador! Aliás todos vocês
conseguiram o que queriam não é?
Wagner – Nós lutamos por isso, estudamos, corremos atrás!
Felipe – Coisa que eu não tive chance de fazer!
Conrado - Não teve
por culpa da sua ambição sem limites!
Felipe – Nunca passou pela cabeça de vocês que podia ser
uma armação? Que eu pudesse ter sido vitima de uma armadilha?
Todos o encaram
Felipe – É mais fácil julgar não é?!
Lisa – Você já pagou pelo que fez, por que ainda insiste
em dizer que não fez nada?
Felipe – POR QUE EU NÃO FIZ! Eu passei 25 anos preso por
um crime que eu não cometi, por um crime que eu jamais teria coragem de cometer
e o que mais me dói é que eu fui abandonado por vocês!
Conrado – Sai da minha casa, antes que eu chame a
policia!
Cristina – CHEGA! Chega pelo amor de Deus! Vai embora
Felipe, toca a sua vida, esqueça a gente!
Felipe – Eu só vou embora depois de provar a todos que eu
não cometi crime nenhum!
Felipe se vira e sai da casa.
Cena 2 / Mansão de Conrado / Frente / Exterior / Tarde
Felipe sai da casa. Um carro preto está parado do outro
lado da rua. Felipe caminha em direção à pousada. O carro o segue de longe.
Cena 3 / Mansão de Conrado / Sala / Interior / Tarde
Conrado – Absurdo esse homem entrar aqui!
Wagner – Não estamos mais seguros!
Lisa – Cretino, ainda tem a cara de pau de nos julgar por
termos abandonado-o!
Cristina – Mas e se ele estiver certo?
Conrado – Como é?
Cristina – E se ele realmente falou a verdade esses anos
todos? Se ele foi vitima de uma armação? De alguém?
Wagner – De alguém quem Cristina? As únicas pessoas que
sabiam daquele bilhete éramos nós sete mais ninguém!
Lisa – Você não querendo, depois de todos esses anos
levantar suspeita de algum de nós tenha armado para o Felipe?
Cristina – Não claro que não, mas assim como nós, ele
nunca fez mal a ninguém, não antes desse assassinato e se for outra pessoa?
Conrado – Outra pessoa? Que outra pessoa? Não há essa
hipótese, a arma do crime tinha as digitais dele, ele tinha sangue do Samuel
pelo corpo todo!
Cristina – Vocês nunca estranharam a mãe dele ter
comprado a casa mais cara da época, logo após a morte dele?
Wagner – Você tá querendo dizer que a mãe dele pode ter
sido a assassina?
Cristina – Ela sabia do bilhete, o Samuel ligou para ela!
Conrado – Isso é o que o Felipe diz!
Lisa – Vocês não vão acreditar nele não é? Esse homem
está aqui para se vingar de nós!
Cristina – E o dinheiro? Se for ele, alguém a mando dele
retirou o dinheiro, por que ele estaria aqui? Morando em uma pousada xexelenta?
Conrado – Para se vingar! Ele quer nos destruir!
Cena 4 / Hotel / Frente / Externo / Tarde
Eliana desce do táxi cheia de malas.
Eliana – De volta ao passado!
Um dos funcionários busca suas malas. Ela atrapalhada
tropeça e quebra salto.
Eliana – Porcaria de cidade!
Cena 5 / Pousada / Quarto de Felipe / Interior / Noite
Ele caminha de um lado para o outro.
Felipe – Eu tenho que descobrir um jeito de provar que
não fui eu!
De repente duas leves batidas na porta, ele caminha até a
velha porta e a abre.
Felipe – Você?!
Surpreso ele fica olhando para a pessoa.
Continua...
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