terça-feira, 5 de junho de 2012

Capitulo 22 de Batalha do Éden

CENA 01 / EXTERIOR / JARDINS DO ÉDEN / NOITE
Continuação imediata do capítulo anterior

O fogo domina o cenário. A explosão provoca uma ventania imensa, e junto com ela, é possível ver restos de móveis, telhas, e até de gente voando pelos ares. Endolino e sua tropa acabam caindo no meio da rua, tamanha é a força da rajada de vento.

ENDOLINO – Malditos subversivos!

CORTA PARA:

CENA 02 / EXTERIOR / RUA / NOITE

Herméliam Pomba-gira e Terezinha ainda estão correndo para pegar um táxi e caem no chão devido à força da explosão. Em seguida, Terezinha começa a chorar.

Entra flashback:

CAPÍTULO 11
CENA 07 / INTERIOR / AVIÃO / MADRUGADA

Terezinha está dormindo. Benoliel olha para a amante e dá um beijo em sua cabeça. Em seguida, olha para a janela e percebe que a tempestade já está passando. É quando Terezinha acorda e sorri para Benoliel.

TEREZINHA – Bem, já que eu acordei, vamos repassar o plano.
BENOLIEL – Mas eu já decorei tudo! Eu e você vamos dar um jeito de invadir a casa da tal de Waleshka com a bomba,                vamos fazê-la pedir perdão e depois, você foge e eu explodo tudo! Simples.
TEREZINHA – Você fala como se isso não me afetasse... Eu que deveria explodir a bomba, pois foi a MIM que aquela  vagabunda abandonou.
BENOLIEL – Mas eu quero te dar a chance de você refazer a sua vida, Terezinha. Eu não tenho nada a perder, a não                ser você, lógico... Mas o nosso relacionamento não é uma coisa saudável, normal.  Não iria dar futuro.

Terezinha abaixa a cabeça. Benoliel a levanta.

BENOLIEL – Concordamos, não concordamos?
TEREZINHA – Concordamos...

Terezinha pousa a cabeça em cima do peito de Benoliel e os dois ficam observando a paisagem.

Fim do flashback

CORTA PARA:

CENA 03 / EXTERIOR / RUA / NOITE

Hermélia faz Terezinha levantar, e finalmente consegue chamar um táxi. Os três vão embora dali.

CORTA PARA:

CENA 04 / INTERIOR / AMBULÂNCIA / NOITE

Uma ambulância está levando Eclésio para o hospital. Sandra está desesperada e segue com ele.

SANDRA – Desculpa, meu amor... Desculpa! Moço, ele vai ficar bem?
ENFERMEIRO – Não sei, dona... Esse aí tava bêbado, é? Pra se tacar na frente de um caminhão...
SANDRA – Ele não se tacou! Foi um acidente!

Sandra olha para o corpo desfalecido com lágrimas caindo.
CORTA PARA:

CENA 05 / EXTERIOR / AVENIDA / NOITE

Lucília está brigando com as prostitutas, quando uma viatura da polícia aparece. Um policial sai, observa toda a cena e dá um tiro para o alto.

POLICIAL – Que baderna é essa aqui?

As três param de brigar e começam a se acusar.

PROSTITUTA 1 – Foi essa daí, seu polícia! Chegou aqui no nosso ponto querendo roubar o nosso ponto.
PROSTITUTA 2 – É isso mesmo. Se não tem competência pra fazer seu trabalho sozinha, não vem ganhar dinheiro na                 nossa aba, não, hem!
POLICIAL – Isso é verdade, dona?
LUCÍLIA – É mentira, senhor! Sou mulher honesta, direita!

O policial olha bem pra cara de Lucília.

POLICIAL – Tem dinheiro?
LUCÍLIA – Não.
POLICIAL – Ok, vou te dar outra chance: Está disposta a fazer qualquer coisa para ter a sua liberdade?
LUCÍLIA – Sim!
POLICIAL – Então, vem cá, trava!
LUCÍLIA – Que isso?! Trava, não!

Lucília começa a bater no policial e é algemada.

POLICIAL – Tá presa por desacato!

Lucília é colocada na mala do carro. As prostitutas começam a rir.

PROSTITUTA 1 – É inveja, ném!
PROSTITUTA 2 – Recalque de piranha bate e volta.
PROSTITUTA 1 – De trava bate, volta e fica!

As duas riem. É quando um carro aparece e elas fazem seus programas.

CORTA PARA:

CENA 06 / CABARÉ DO CANIL / INTERIOR / MADRUGADA

Petrus, Cacildes, Jussara e Pomba-gira chegam ao bordel, que está BOMBANDO. Várias mulheres estão dançando pole-dance, enquanto outras estão batalhando por um programa. Quando passam, algumas pessoas olham de canto do olho para os três.

JUSSARA – Nossa, Cacildes... Como aqui é badalado.
POMBA-GIRA – Cala a boca e anda.

Os quatro seguem até uma escada. Assim que terminam de subi-la, entram em uma sala.

CABARÉ DO CANIL / INTERIOR / ESCRITÓRIO / MADRUGADA

Norma, a dona do cabaré, está de amasso com um garotão forte. Assim que vê Petrus, Jussara, Pomba-gira e Cacildes dentro de sua sala, ela sai da mesa onde estava se esfregando e se arruma rapidamente.

NORMA – MAX!

Norma e Pomba-gira se abraçam.

POMBA-GIRA – Me chama de Pomba-gira, Norminha!

Norma manda o homem sair do quarto. Ele sai.

NORMA – Então, você é a tão comentada filha da Waleshka?
JUSSARA – Sou. E você? Quem é?
NORMA – Uma amiga da sua avó... Enfim, já estou sabendo que você está aqui para ter o que é teu de volta, né? Pois              bem, eu vou te ajudar.
PETRUS – Mas como?

Terezinha e Hermélia entram, afobadas.

HERMÉLIA – Creio que vocês já tiveram uma ajuda e tanto!
JUSSARA – Como assim?
TEREZINHA – Benoliel...  Explodiu tudo!
PETRUS – Como assim?!
HERMÉLIA – Waleshka está morta, junto com aquele amante dela! Você está oficialmente RI-CA!

Jussara fica petrificada.

CORTA PARA:

CENA 07 / INTERIOR / DELEGACIA / MADRUGADA

O policial joga Lucília na cela e a tranca, como se fosse um animal.

LUCÍLIA – Vou ficar aqui até quando?
POLICIAL – Vai ficar aí até amanhã! E sem comida e sem água! 

Lucília fica abandonada, como um rato fedido.

LUCÍLIA – AH! Isso é macumba da Waleshka!

CORTA PARA:

CENA 08 / INTERIOR / HOSPITAL / MADRUGADA

Sandra está aflita nos corredores do hospital, esperando alguma resposta sobre o estado de saúde de Eclésio. É quando o médico aparece e ela vai correndo falar com ele.

SANDRA – (aflitíssima) Então, doutor, como o Eclésio está?!
DOUTOR – Desulpa, dona Sandra, mas.../corta
SANDRA – /corta Mas o quê?!
DOUTOR – Seu marido teve uma forte batida na cabeça e... entrou em coma.

Sandra fica em estado de choque.

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